Educar a mente, como parte da jornada de auto educar-se, é a força propulsora para transcender a própria existência.
A filosofia antiga associa a mente ao espírito, e nesse contexto, a mente é a única conexão que levamos do mundo físico para a vida espiritual.
Assim sendo, tudo o que retemos na memória será nosso guia no mundo etéreo. Vemos, portanto, que treinar a memória com o que há de melhor nos trará uma qualidade espiritual sublime.
Educar a mente garante não só uma vida elevada na esfera celestial, como também uma existência plena de riquezas no mundo terreno.
O principal atributo que diferencia o ser humano das demais espécimes do gênero animal é a inteligência. Dessa forma, o homem se distingue dos animais brutos pela inteligência que possui.
Sendo a inteligência sua maior riqueza terrena, que será herdada na vida espiritual, deve o homem, portanto, zelar por ela com máximo empenho e dedicação.
E qual o melhor meio para cuidar da mente? A resposta não caberia neste artigo, pois demandaria inúmeros tratados acerca dessa questão que, por certo, já o produziram.
Mas cabe a nós refletirmos sobre o que se deve fazer para educar a mente na realidade dos dias que se sucedem, enquanto habitarmos esta dimensão da existência humana.
Transcender sem vícios
Há quem afirme que a mente é preguiçosa, e há quem classifique essa preguiça como uma distração da alma, ou exaustão do espírito, no espectro transcendental do transtorno de uma depressão espiritual.
No âmbito doutrinário, a preguiça aparece como a origem de todas as tentações que enfraquecem mente e espírito.
De qualquer sorte, é certo que a preguiça mental enfraquece a alma, pois afasta o homem da realidade em que vive.
Trata-se de um vício precursor de outros igualmente perigosos, como o orgulho e a inveja, dentre outras desordens de cunho narcisista. Temos, assim, que a preguiça, sendo ou não parte integrante da mente humana, deve ser combatida, como forma de zelar pela própria saúde mental para transcender sem vícios.
O dever de se educar
Como criaturas privilegiadas por sermos dotados de inteligência, cada ser humano tem o dever de se educar.
Há quem argumente que tal obrigação cabe ao estado, porém, ante a realidade do analfabetismo funcional produzido pelo sistema tradicional de ensino, resta-nos a decisão de assumirmos tal responsabilidade.
Sendo assim, o percurso possível é o de Educar em Casa, seja para si, seja para suas crianças, seja para familiares e grupos afins.
Para tanto, educar a mente é o ponto de partida para essa longa jornada. Tal empreitada irá possibilitar a consecução de infinitas conquistas pessoais, profissionais e intelectuais.
O sistema de ensino tradicional, infelizmente, não detém competência pedagógica para cumprir o seu papel de educar. É incapaz de fazer com que os indivíduos superem a dura realidade da escassez intelectual que os abduziu.
Principais formas de Educar a Mente
Os principais fatores que exigem foco no trato mental se referem a ações práticas do cotidiano, tais como:
- Estimular a Memória de Curto Prazo: evitar realizar mais de uma atividade intelectual ao mesmo tempo, como estudar e ouvir música, ou estudar e ficar com o celular ativo.
- Estimular a Memória de Longo Prazo: treinar a memorização de pequenos textos e, depois de certo tempo, praticar a memorização de textos mais longos, como memorizar os Salmos.
- Cuidar da Saúde Física e Mental: Realizar atividade física regularmente; tomar sol no início da manhã por 15 ou 20 minutos; descansar; fazer intervalos entre os blocos de estudos de 15 ou 20 minutos; ingerir alimentos saudáveis, evitar os altamente processados; manter o corpo saudável.
Em suma, o conjunto de cuidados exige uma disciplina diária focada na saúde física, mental e espiritual.
Dessa forma, deve procurar desenvolver harmonicamente sua vida em todas as áreas: material, financeira, familiar, espiritual e intelectual.