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A forma literária do Livro de Êxodo

Foto do pôr do sol sobre as pirâmides de Gizé, no Egito, no post A forma literária do Livro de Êxodo, no site Educar em Casa.

O livro de Êxodo descreve a saga libertadora de um povo cativo e tem a forma literária predominante no gênero narrativo.

Entretanto, há trechos consideráveis que abordam aspectos jurídicos, como tratados e leis, em razão de que se estabelecera uma nação: Israel.

Assim, o estilo literário do livro de Êxodo contempla tanto a literatura narrativa quanto a literatura jurídica, cada qual com seu estilo ordenado e metódico.

Êxodo é o segundo livro dentre os cinco que formam o Pentateuco, um conjunto de livros também conhecido como a Torá judaica.

Torá significa instrução, ensinamento ou lei, composta pelos cinco Livros que Deus transmitiu para Moisés.

Os cinco Livros da Torá são: Gênesis (Bereshit), Êxodo (Shemot), Levítico (Vaicrá), Números (Bamidbar) e Deuterenômio (Devarim).

Foto de um rolo da Torá Judaica, no post A forma literária do livro de Êxodo, no site Educar em Casa.

A forma literária na descrição da Libertação dos Hebreus

O mais importante evento narrado no livro de Êxodo, sem dúvida, é a libertação do povo de Israel da escravidão no Egito, que durou mais de 400 anos.

A libertação dos hebreus rumo a Canaã fora precedida pelo fenômeno que ficou conhecido como “as 10 pragas do Egito”.

Tais fatos demonstram um padrão narrativo de elevado estilo literário quanto às nove primeiras pragas, segundo argumento do Dr. Carlos Osvaldo C. Pinto:

  • Na 1ª, 4ª e 7ª pragas, Moisés e Arão vão ao encontro do Faraó na beira do rio Jordão para anunciá-las;
  • Na 2ª, 5ª e 8ª pragas, Moisés e Arão se dirigem ao Palácio Real para fazerem o anúncio perante o Faraó;
  • Na 3ª, 6ª e 9ª pragas, Moisés e Arão executam as instruções de Deus longe da presença do Faraó, apenas fazendo os gestos que Deus lhes ordenara.
Foto do pôr do sol sobre as pirâmides de Gizé, no Egito, no post A forma literária do Livro de Êxodo, no site Educar em Casa.

Em suma, criou-se um padrão de três procedimentos distintos para o anúncio e execução das nove primeiras pragas, repetidos metodicamente de três em três pragas.

Sucedeu-se a tais eventos, após a 10ª praga, a abertura do Mar Vermelho para passagem dos hebreus que fugiam do exército do Faraó. Após a passagem dos hebreus, as águas do mar se fecharam sobre o poderoso exército egípcio, causando sua destruição.

O Livro do Êxodo e a Arca da Aliança

Com a saída definitiva dos hebreus do Egito deram início a sua jornada pelo deserto rumo à Terra Prometida. Cumpria-se, assim, a Aliança entre Deus e os Patriarcas de Israel.

O Livro de Êxodo dedica um trecho especial, com quebra da narrativa cadenciada da ordenação das leis, para descrever a importância da presença de Deus no meio dos hebreus.

Dessa feita, Deus já se fazia presente entre os hebreus, por meio da nuvem que os acompanhavam. Ainda que libertos, necessitavam da presença divina para livrar a alma ainda presa aos grilhões da escravidão mental da idolatria.

Nos quatro séculos de escravidão os hebreus foram, sistematicamente, submetidos e expostos a todo tipo de idolatria. Mas, agora, necessitavam de disciplina espiritual.

A construção do Tabernáculo e da Arca da Aliança materializava a presença constante de Deus entre os hebreus, que exigia desse povo o culto ao Deus Único.

Contudo, devido à idolatria ainda latente nas tradições egípcias, os hebreus construíram um bezerro de ouro. Tal ato configurou quebra da Aliança com Deus, narrada com estilo destacado nos capítulos 32 a 34. 

Foto artística, com fundo em tons amarelados, da Arca da Aliança, no post A forma literária do Livro de Êxodo, no site Educar em casa.

O Livro do Êxodo e os 10 Mandamentos

Os 10 Mandamentos foram transmitidos para Moisés no Monte Sinai, um indicativo claro que esse tratado se destina a todos os povos.

Porém, as Tábuas da Lei foram quebradas por Moisés, tamanha fora sua indignação ao se deparar com a idolatria do povo perante o bezerro de ouro.

Diante da ameaça do afastamento de Deus, Moisés se mortificou e não desistiu de obter o perdão e o retorno de Deus para junto da congregação hebreia.

Assim, originou-se o Dia do Perdão, uma data sagrada para os judeus, que o denominaram como Yom Kippur.

Com o perdão concedido por Deus e o Seu retorno para junto do povo hebreu, Deus concedeu a Moisés novas Tábuas da Lei, com os 10 Mandamentos.

Segundo os estudos e ensinamentos judaicos, cumprir o ritual anual de Yom Kippur é atravessar o portal celestial do perdão divino e purificar a alma para entrar no mundo vindouro.

Tanto quanto cumprir os 10 Mandamentos da lei mosaica ou as 7 leis noéticas também o tornarão um ser justo e digno de habitar no mundo vindouro.

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