Pedagogias modernas adotam formas mais simples de ensino e aprendizagem, deixando de lado maneiras mais complexas de comunicação. Como veremos, isso se mostrará como a cilada da simplificação.
Ao agir dessa forma, percebemos que as pessoas são desestimuladas a utilizarem o intelecto no curso do aprendizado escolar. De tal forma que devem evitar ao máximo o emprego do raciocínio para entender a realidade.
Dessa feita, é plenamente possível identificar a predominância do simples sobre o complexo na vida cotidiana. Recentemente, em um episódio da série “FBI”, notei claramente a tendência da simplificação da linguagem na comunicação verbal.
No episódio em foco ocorrera uma situação intrincada. Um imigrante muçulmano contratou um americano nativo para explodir uma bomba em um restaurante de uma família muçulmana. A intenção foi a de forjar uma falácia de que os imigrantes são perseguidos pelos nativos nos Estados Unidos.
A princípio o FBI havia apenas identificado o americano que explodira a bomba, mas as investigações desvendaram toda a trama intrincada.
Contudo, na hora de comunicar o andamento das investigações, a coordenadora da equipe do FBI decidiu “simplificar” a estória. Ela declarou publicamente que “identificaram e prenderam o atirador”; só isso.
Quando questionada sobre o motivo de ocultar todos os fatos do público, ela simplesmente respondeu:
– como expert em “Relações Públicas”, optei pela versão mais simples dos fatos porque o público não entenderia um contexto complexo da realidade.
A linguagem impacta diretamente na essência do ser humano!
A linguagem é o instrumento que possibilitou o ingresso de gerações à triste condição de “analfabetos funcionais”. Trata-se de uma condição desumana e, pior ainda, que destrói o potencial de inteligência que constitui a essência do ser humano. A inteligência é a capacidade que difere os seres humanos de todos os outros animais, também chamados de seres “brutos”.
A inteligência é o dom que difere o ser humano dos animais brutos. Quando um sistema de ensino impede o desenvolvimento cognitivo dos indivíduos, ele está desrespeitando a essência divina do ser humano . Desse modo, negam-lhe a possibilidade de desfrutar de uma vida próspera e feliz.
A simplificação da linguagem no analfabetismo funcional
O impacto da manipulação da linguagem é de tal forma devastadora na constituição humana, que conseguiu a façanha pedagógica de alfabetizar a pessoa impedindo-a de entender o que lê.
Dessa forma, as escolas e suas pedagogias modernas alfabetizam o indivíduo para que eles cumprem ordens e executem de tarefas. Assim agindo, negam-lhes o desenvolvimento intelectual e, por conseguinte, não aprendem a pensar.
A educação da linguagem é a educação da mente
A educação da linguagem passa pelo estágio da leitura e da interpretação do que se lê. Dessa feita, temos que ler é pensar, afinal, como interpretar um texto sem utilizar a faculdade de pensar?
E nesse contexto, qual o motivo para aprender a ler livros e interpretar textos?
Qual a importância de saber interpretar textos e compreender livros?
Se ler é pensar, então aprendemos a ler livros e a interpretar textos para lermos a realidade em que vivemos. Lemos para aprender a interpretar textos como também o cotidiano da vida.
Aprendemos a ler para educar a nossa mente para pensar com lógica. Dessa forma, podemos transformar a realidade em que vivemos, elevando-a a patamares e condições superiores e muito melhores de desenvolvimento intelectual, que garantirão prosperidade de vida e realização pessoal.
Temos, portanto, que a tendência da facilitação do aprendizado e a da simplificação do conteúdo é uma cilada amparada na linguagem. Ao pouparem as pessoas de temas difíceis, impedem que elas utilizem a inteligência para se desenvolverem.
Estejam certos de que o aprendizado percorre um caminho árduo de estudos. Mas a recompensa pela longa jornada repercutirá por toda a vida de forma valorosa e duradoura.
Educar em casa é a oportunidade de educar a mente para se libertar do analfabetismo funcional. Aprender ler o cotidiano e pensar com lógica sobre a sua realidade para, então, agir em prol do seu próprio bem-estar e qualidade de vida.